Nos últimos anos a medicina alternativa e as curas naturais ganharam atenção e passaram a fazer parte da vida de milhares de pessoas, que não querem depender tanto de medicamentos e procedimentos tradicionais.
Porém, recentemente, alguns casos causaram preocupação. No Brasil a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização da noz da índia e do chapéu de napoleão, plantas que prometiam emagrecimento e desintoxicação, mas que estão relacionadas à mortes justamente por intoxicação severa.
Açafrão na veia
Nos Estados Unidos, uma mulher morreu após uma aplicação intravenosa de açafrão, que causou uma reação fatal. A causa oficial da morte foi “encefalopatia anóxica”.
Ela sofria de eczema e passou pela intervenção na esperança de melhorar o quadro. Porém, apesar de ser um ótimo antiinflamatório, o açafrão aplicado na veia gerou uma reação muito forte no organismo, causando a parada cardíaca seguida de falta de oxigênio no cérebro.
Carvão ativado
Em hospitais, médicos usam o carvão ativado para tratar overdoses, pois a substância se liga aos químicos prejudicais, evitando a absorção pelo estômago e intestino. Em meios alternativos, tem sido usado para reduzir o colesterol já na digestão.
Mas o carvão ativado não “escolhe” o que reduzir, então medicamentos como anticoncepcionais podem ser comprometidos. Ele também irrita o tecido estomacal e intestinal, causando grande desconforto.
Acônito
Também conhecida como capacete de júpiter, essa planta foi responsável pela morte de uma mulher nos Estados Unidos, após ingerir chá feito da erva. A planta roxa causa náusea, dor no peito, taquicardia, fraqueza nos membros e paralisia.
Essa é uma das plantas que, dependendo do modo como é usada, pode ser veneno ou remédio. Crua, é venenosa. Porém, em quantidades mínimas e processada, é usada pela medicina alternativa para tratar dores gerais.
Peróxido de hidrogênio
Acredite ou não, mas a ingestão de água oxigenada é indicada por alguns para melhorar a saúde. Segundo um artigo publicado no periódico Annals of Emergency Medicine, cerca de 300 pessoas foram envenenadas e cinco morreram depois de consumir a substância.
As instruções envolviam a diluição de água oxigenada em alta concentração em água comum ou outro líquido potável. A ideia é que, contendo grande concentração de oxigênio, a substância iria melhorar a oxigenação do sangue e do organismo como um todo. Não há comprovação de que isso seja verdade. Na dúvida, melhor não ingerir.