Recentemente, o chef particular do casal Gisele Bündchen e Tom Brady (ela a supermodelo, ele um dos atletas do futebol americano mais bem sucedidos de todos os tempos) revelou em entrevista a um jornal americano alguns segredos sobre a dieta bastante restrita do casal.
Um dos pontos mais comentados foi a ausência de vegetais conhecidos como solanáceos, como tomates, pimentas e berinjela – que normalmente são considerados muito saudáveis. Mas por que essa restrição?
O que são solanáceos?
É um grupo bem diverso de vegetais (mais de 2 mil espécies) que pertencem a uma família específica. Além dos já citados acima, estão incluídos as batatas, alcachofras, pimenta caiena e paprica.
Por que seriam prejudiciais?
A discussão entre nutricionistas já leva anos e o fato é que eles contêm componentes químicos chamados alcalóides, que seriam capazes de criar inflamações pelo corpo. Como resultado, alguns profissionais acreditam que comer esses alimentos pode resultar em dores nas juntas, problemas digestivos diversos, distúrbios do sono, envelhecimento precoce e doenças crônicas.
Deve-se cortar esses alimentos da rotina?
O prejuízo causado pelos solanáceos não tem uma base sólida de pesquisa para ser comprovado. A quantidade de alcaloides na maioria deles é bem pequena. Cozidos no vapor, na água ou assados, esses alimentos perdem cerca de 50% dos alcaloides. Os solanáceos são repletos de nutrientes e antioxidantes.
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Atletas podem enfrentar problemas ao consumi-los?
Algumas pessoas acreditam que solanáceos afetam as enzimas relacionadas ao sistema nervoso e funções musculares, o que pode interferir na recuperação do tecido muscular. Mas muitos atletas que deixaram de ingeri-los não experimentaram mudanças na performance, recuperação muscular ou níveis de dor.
Vale a pena tirá-las do cardápio?
Depende do organismo de cada um. Pessoas que já apresentam um quadro de inflamação crônica, como artrite reumatóide ou osteoartrite; doença autoimune (lupus, doença celíaca, esclerose múltipla ou psoríase) podem deixar de consumir esses alimentos.
Uma opção é retirar esses alimentos da dieta por duas ou três semanas e atentar para a sensação. Redução do inchaço, da fadiga, das dores ou mal estar que retornam ao voltar a ingeri-las podem indicar que há uma sensibilidade a esses alimentos.
De qualquer forma, consultar um nutricionista é a melhor ação. Afinal, apenas cortar alguns alimentos da dieta não vai transformar ninguém em Tom e Gisele.
