A glutamina é um dos aminoácidos que compõem as proteínas, muito presente no plasma e tecidos do corpo, principalmente o muscular. A glutamina é produzida pelas células do tecido muscular esquelético, cérebro e pulmões, regularmente, mas as células do intestino, sistema imunológico e rins são consumidoras. A glutamina pode promover o equilíbrio entre esse consumo e produção em atletas de alta performance.
Isso porque durante infecções, traumas, câncer e prática esportiva intensa a concentração de glutamina no corpo passa por grandes mudanças. O sistema imunológico, intestino, rins e fígado passam a necessitar mais de glutamina, sendo portanto consumidores desse aminoácido livre.
Essa substância já é utilizada amplamente como suplemento nutricional de pessoas que estão se recuperando de doenças como dengue, câncer, e até mesmo na manutenção da saúde do portador de HIV/Aids, que tem justamente o sistema imunológico deficiente. Além disso, pessoas que sofreram queimaduras extensas e passaram por cirurgias podem ser ajudadas pela glutamina.
O exercício físico de alta intensidade pode desequilibrar a produção e o consumo de glutamina no organismo, além de causar lesões e inflamações musculares. Ingerir a glutamina via oral minimiza essas lesões e inflamações.
Principais benefícios da glutamina:
• Fortalecimento do sistema imunológico
• Diminuição da perda muscular
• Auxílio no controle do metabolismo do nitrogênio
• Manutenção do pH do organismo
• Ajuda na recuperação do glicogênio muscular
• Melhoria do funcionamento do intestino
• Geração de energia para células do sistema imunePor todas as características já expostas, a glutamina é indicada para praticantes de atividades físicas de alta intensidade, de longa duração ou ambas, como por exemplo: corridas (maratonas, cross-country, aventura, marcha atlética); ciclismo (mountain bike, bmx, estrada, pista, downhill); atletismo (lançamento de martelo, dardo e disco); lutas (jiu-jitsu, boxe, muay-thai, judô, karatê, MMA, etc.); danças, treinos resistidos, halterofilismo, trekking, triatlo, natação e crossfit.
As glutaminas vendidas como suplementos alimentares possuem valor energético baixos, não tem carboidratos, gorduras, fibras e sódio – são proteínas apenas.
Como consumir o produto?
O atleta pode consumir glutamina antes, durante ou depois da atividade física intensa. Uma dose de 5g do produto pode aumentar em até 100% a concentração de glutamina no plasma, após apenas meia hora da ingestão. Pesquisas apontaram que, em dia de maratona, o consumo de uma dose de 5g logo ao final do percurso, mais outra dose de 5g após 2h do fim da corrida diminuiu a incidência de infecções nos atletas.
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Outro resultado positivo foi encontrado com o consumo de 8g do produto após a atividade física: houve aumento de 46% na concentração de glutamina plasmática, estimulando a nova síntese do glicogênio muscular durante a recuperação.
Os suplementos que fornecem glutamina não têm sabor nem cor, portanto não têm aromatizantes nem corantes artificiais. Em pó, podem ser adicionados à bebidas e alimentos frios, pois o calor excessivo pode alterar a composição do produto.
Como pudemos perceber, o consumo de glutamina está mais associado àqueles atletas de alta performance, que precisam manter o sistema imunológico em dia e que praticam uma quantidade de exercício (seja em tempo ou intensidade) capaz de reduzir o funcionamento da imunidade corporal.
Por isso o produto deve ser ingerido dentro de uma dieta balanceada, com carboidratos e proteínas presentes de forma adequada e calculada, para melhor aproveitamento.
Mesmo sendo cada vez mais populares, o consumo de suplementos alimentares deve sempre ser feito com cuidado. Veja também: Mais da metade dos lares brasileiros consome suplementos alimentares.