O site do Ministério da Saúde divulgou recentemente que houve um aumento nos relatos de problemas com o uso da noz da índia. O produto é amplamente divulgado como emagrecedor, mas pode ter efeito tóxico no organismo.
A denominação científica oficial dessa planta é Aleurites moluccanus. Ela tem propriedades laxativas, mas ainda não há dados suficientes que comprovem a eficácia terapêutica e a segurança do uso em humanos.
No entanto, sobre sua alta toxicidade já foram produzidos diversos estudos e pesquisas. Os sintomas são:
- Náuseas
- Vômitos
- Cólicas abdominais
- Diarreia intensa.
- Em casos de maior gravidade pode ocorrer desidratação, queda de pressão e choque.
No Brasil não existem produtos registrados com essa espécie vegetal, ou seja, qualquer produto consumido não tem avaliação e aprovação da Anvisa nem de qualquer outro órgão oficial do governo. Produtos como o gengibre e o chá branco, também indicados para o emagrecimento, são comprovadamente benéficos para o organismo.
Todos os produtos divulgados pela internet são irregulares. Ela é vendida como uma semente que auxilia na eliminação da gordura localizada, reduzindo colesterol, moderando o apetite, prolongando a sensação de saciedade, diminuindo a ansiedade e previne a constipação.
Para completar, uma pesquisa recente, feita na Argentina, comprovou que muitos do produtos identificados como Noz da Índia, não são feitos com a Aleurites moluccanus, mas sim com a espécie ainda mais tóxica, a Thevetia peruviana.
As sementes da Thevetia são altamente tóxicas por possuírem grandes concentrações de glicosídeos cardiotônicos. Seu uso é proibido em países como México, Austrália e Argentina.
Morte relacionada com a noz da índia
Em fevereiro de 2016, uma mulher de 38 anos morreu de parada cardiorrespiratória. Ela havia consumido o chá feito com a noz da índia por 30 dias e começou a sentir fadiga, inchaço, falta de ar e desmaios. Ela morreu durante atendimento em uma posto de saúde em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Ela já havia sido diagnosticada com cirrose hepática e, na adolescência, teve hepatite. Como a toxicidade da noz da índia afeta o funcionamento do fígado, o consumo feito pela mulher pode ter piorado ainda mais o funcionamento do órgão. O caso foi divulgado como um alerta para o consumo de produtos sem avaliação e recomendação médica.