Não há para onde fugir ou onde se esconder. O tempo é o nosso carrasco mais severo e não há como parar de envelhecer a não ser que você tenha uma morte bastante prematura. O processo de envelhecimento já começa a partir do nascimento e muitas pessoas têm medo da velhice. Ficam temerosas pelo abandono dos familiares, mas principalmente, temem as doenças que costumam acometer essa parcela da população.
O envelhecimento da população é um fato
Não se se você se recorda dos livros e das aulas de geografia populacional quando a professora mostrava a tal pirâmide etária. A dos países desenvolvidos tinham a base estreita e o pico largo, e para os subdesenvolvidos, era o contrário. Pois, a pirâmide etária do nosso Brasil está ficando com ares de país desenvolvido, pois o número de idosos vem crescendo a cada ano.
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Mas como e porque isso está mudando? A resposta é simples. Antes as pessoas morriam em decorrência de diarreias, febres e outros sintomas para os quais não era possível encontrar um tratamento eficaz. Mas com o avanço da tecnologia na medicina, novas formas de tratamento e nos medicamentos estão sendo cada vez mais utilizados por toda a população brasileira fazendo cair as taxas de mortalidade.
Qualidade em vez de quantidade
Mas de que adianta chegar aos 90 anos de idade com a saúde em péssimo estado? Entrar na senescência com artrite, Parkinson, Mal de Alzheimer e outras patologias inerentes a essa fase da vida não é uma boa forma de envelhecer. É possível e está ao alcance de todos o envelhecimento com qualidade e livre de patologias graves como as descritas acima.
É normal que com o passar dos anos o vigor já não seja o mesmo, isso é um caminho natural que o organismo segue. A partir dos 30 anos o metabolismo cai e fica ainda mais difícil perder aqueles quilinhos a mais. Todos os sistemas do corpo vão decaindo com o passar do tempo: a audição já não é a mesma de antes, a visão mostra alguma deficiência e ossos e músculos já não respondem tão facilmente para subir uma escada.
É certo que a genética também ajuda durante o envelhecimento, por exemplo, é mais provável que você tenha câncer se a sua mãe, avó e assim por diante, também tiveram. Mas, a condição fornecida pelo DNA só representa ¼ dos fatores que estão relacionados a um envelhecimento com qualidade. O que você come ou bebe, os seus momentos de lazer, a sua saúde emocional e a prática de exercícios físicos é que vão realmente definir quem você será daqui a alguns anos.
Bebê ou idoso?
Muitos familiares tratam os idosos da família como se eles fossem bebês e se esquecem que aquelas pessoas já foram jovens e têm muito mais experiência para passar. Aqui no Brasil, se tornou quase que parte da cultura, os idosos morarem com os familiares ou em casas de repouso. No Japão a coisa é bem diferente. A maioria dos idosos de lá vivem sozinhos em suas casas com total independência.
Isso se deve ao fato de que eles possuem uma cultura muito forte quando o assunto é saúde. Os idosos lá são muito respeitados pela família e eles cuidam muito bem do corpo e do espírito. Comem alimentos saudáveis, de maneira moderada, possuem uma vida social ativa com os amigos e com os familiares e a atividade física é algo inerente ao dia a dia.
O que fazer para ter um envelhecimento com qualidade
Creio que muita gente já sabe o que deve ser feito para melhorar a qualidade de vida, não apenas visando o futuro, mas também, o presente. Exercícios físicos diários, comer alimentos frescos e naturais, ter um bom relacionamento com familiares e amigos. Se encher de polivitamínicos e ficar em casa sentado o dia todo na frente da TV só vai piorar a situação.
Ir ao médico com maior frequência, seguir as orientações médicas e manter uma vida saudável são fatores indispensáveis para se tornar um idoso independente e livre de doenças no futuro. Os filhos não devem encorajar os pais a ficarem em casa o dia inteiro deitados ou sentados. Isso deixa os ossos fracos e torna a mente mais vulneráveis aos problemas de demência.
